Teste da Orelhinha: como é feito e o que diz a lei brasileira

felippe felix otorrino rio de janeiro e niteroi

por: Felippe Felix

O “Teste da Orelhinha“, nome popular da Triagem Auditiva Neonatal, tem como objetivo identificar precocemente possíveis problemas auditivos em recém-nascidos. Este teste, formalmente chamado de Teste de Emissões Otoacústicas (EOA), é uma abordagem não invasiva e rápida para avaliar a saúde auditiva dos bebês.

A triagem auditiva neonatal é crucial para garantir que qualquer problema auditivo seja identificado o mais cedo possível, permitindo intervenções e suporte adequados para o desenvolvimento saudável da linguagem e habilidades cognitivas do bebê.

Como é feito o Teste da Orelhinha

A triagem auditiva neonatal é um procedimento fundamental para identificar precocemente possíveis problemas auditivos em recém-nascidos. Geralmente, o processo ocorre em três etapas:

Teste de Emissões Otoacústicas (EOA): Esse teste é realizado enquanto o bebê está dormindo. Uma sonda é colocada no canal auditivo, e sons suaves são reproduzidos. Se o ouvido estiver saudável, o ouvido interno emite automaticamente sons de resposta. A ausência dessas emissões pode indicar uma possível perda auditiva.

Teste do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE):  o PEATE Automatico vai ser utilizado caso o bebê não passe no teste de EOA ou nos casos em que a criança tenha indicadores para perda auditivai . Este teste mede as respostas elétricas do tronco encefálico em resposta a estímulos sonoros. Ele ajuda a determinar a presença e o tipo de perda auditiva.

Acompanhamento e Avaliação: Se os resultados do PEATE ainda indicarem problemas, ou se houver preocupações adicionais, é importante realizar uma avaliação mais aprofundada. Isso pode envolver exames médicos, testes comportamentais auditivos e outros procedimentos especializados.

Quais são os Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva?

Podemos dividir esses indicadores em congênitos ou tardios:

Riscos de deficiência auditiva congênitos ou perinatais

  • História familiar de surdez permanente na infância de instalação precoce, progressiva ou tardia 
  • Congênitos ou perinatais
  • História familiar de surdez permanente na infância de instalação precoce, progressiva ou tardia 
  • UTI neonatal por mais de 5 dias
  • Hiperbilirrubinemia com exsanguineotransfusão independente de tempo de permanência em UTI 
  • Uso de aminoglicosídeos por mais de 5 dias
  • Asfixia ou encefalopatia hipóxico-isquêmica
  • Uso de oxigenação extracorpórea (ECMO)
  • Infecções intraútero por toxoplasmose, sífilis, rubéola, citomegalovírus, herpes (TORCH) ou Zika 
  • Malformações craniofaciais
  • Microcefalia congênita
  • Hidrocefalia congênita ou adquirida
  • Anormalidades do osso temporal
  • Síndromes que cursam com surdez

Riscos de deficiência auditiva tardios

  • Infecções que cursam com surdez como meningites e encefalites bacterianas ou virais (especialmente vírus herpes e varicela)
  • Trauma craniano (especialmente base de crânio e temporal)
  • Quimioterapia
  • Suspeita familiar de surdez, alteração de fala ou linguagem e atraso ou regressão do desenvolvimento

Quais são as doenças detectadas no teste da orelhinha?

O Teste da Orelhinha é eficaz na detecção de diversas condições auditivas, incluindo:

Perda Auditiva Congênita: Detecta casos em que o bebê já nasce com alguma forma de perda auditiva.

Malformações na Orelha: Algumas condições congênitas podem causar malformações na orelha externa ou média, afetando a condução do som.

Obstruções na Orelha: Pode identificar obstruções, como acúmulo de cera ou outros materiais, que interferem na passagem do som.

Doenças Infecciosas: Infecções no ouvido, que podem ser adquiridas durante ou após o parto, podem ser detectadas.

Anormalidades no Nervo Auditivo: Problemas no nervo auditivo, que transmite os sinais sonoros ao cérebro, podem ser identificados.

Qual o prazo para fazer o teste da orelhinha?

É crucial realizar a triagem auditiva neonatal nos primeiros dias ou semanas de vida do bebê, pois isso permite intervenções precoces se houver alguma anormalidade. A identificação e tratamento precoces de problemas auditivos são fundamentais para o desenvolvimento da linguagem e das habilidades cognitivas da criança.

Qual lei obriga o Teste da Orelhinha?

A legislação brasileira que trata da triagem auditiva neonatal, incluindo o Teste da Orelhinha, é a Lei Federal nº 12.303, promulgada em 2 de agosto de 2010. Essa lei torna obrigatória a realização do exame de Emissões Otoacústicas (EOA) em todos os recém-nascidos no país.

O objetivo da lei é garantir a identificação precoce de possíveis deficiências auditivas nos bebês, permitindo intervenções rápidas e adequadas para garantir o desenvolvimento saudável da linguagem e da comunicação. A detecção precoce de problemas auditivos é crucial, pois intervenções precoces, como o uso de aparelhos auditivos ou outros dispositivos, podem ter um impacto significativo no desenvolvimento da fala e das habilidades cognitivas da criança.

A Lei nº 12.303 estabelece que o teste deve ser realizado preferencialmente nas primeiras 48 horas após o nascimento do bebê. Os hospitais e maternidades são responsáveis por garantir que a triagem auditiva seja parte integrante dos cuidados de saúde oferecidos aos recém-nascidos.

A implementação dessa legislação é um avanço significativo na promoção da saúde auditiva dos bebês no Brasil, proporcionando condições para uma intervenção precoce em casos de perda auditiva, o que contribui para um desenvolvimento saudável e uma melhor qualidade de vida para as crianças.

Todos devem passar pelo teste, mas existe um grupo específico que merece maior atenção e vai realizar exames mais complexos e monitoramento. No artigo Surdez ao nascimento, você pode identificar se seu filho faz parte desse grupo e quais critérios devem ser observados para acompanhar o desenvolvimento da linguagem e audição da criança.

É importante ressaltar que o Teste da Orelhinha é uma triagem inicial. Caso haja indícios de problemas, é necessária uma avaliação mais detalhada por um especialista em audiologia ou otorrinolaringologia para um diagnóstico mais preciso.

Otorrino Rio de Janeiro – adulto e infantil

Se você está buscando o acompanhamento de um otorrinolaringologista para o seu filho, agende uma consulta com o Dr. Felippe Felix. A detecção precoce da perda auditiva em crianças é crucial para implementar intervenções o mais rápido possível, otimizando o desenvolvimento da linguagem e outras habilidades comunicativas.

Consultório Ipanema: (21) 3149-2818 ou (21) 97132-0928
Exames auditivos: Otocenter Ipanema

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Exames auditivos: Otocenter Felix

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