A perda auditiva é a anomalia ao nascimento (congênita) mais comum! 2 a 4 crianças em cada 1000 que nascem vão apresentar algum grau de Surdez ao Nascimento. É muito mais comum que alterações encontradas no Teste do Pezinho por exemplo.
A importância da detecção precoce da Surdez ao Nascimento e sua correção garantem o caminho para o desenvolvimento auditivo e de linguagem adequados para essa criança.
Assim desde 2010 a lei Federal 12.303 garante a realização do Teste da Orelhinha.
Todos devem passar pelo teste, mas existe um grupo especifico que merece maior atenção e vai realizar exames mais complexos e monitoramento, são esses:
- História familiar de surdez na infância;
- UTI neonatal por mais de 5 dias;
- Aumento de Bilirrubina (icterícia) com necessidade de exsanguineotransfusão;
- Uso de antibióticos aminoglicosideos;
- asfixia ou hipóxia no parto;
- uso de oxigenoterapia extracorpórea (ECMO);
- Infecções ainda no útero: Citomegalovirus, HIV, Toxoplasmose, Rubeola, Sifilis, Herpes ou ZIKA)
- Malformações no crânio ou face;
- Microcefalia ou Hidrocefalia;
- Anormalidades no Osso temporal (o osso do ouvido);
- Síndromes Genéticas que apresentam surdez;
Além disso, existem problemas que vão aparecer nos primeiros meses de vida e que deve também ser acompanhado de perto:
-Meningite ou Encefalite
-Traumatismo Craniano
-Uso de Quimioterapia
-Suspeita pela Família!! Atraso ou Regressão no Desenvolvimento da Linguagem!
Esses grupos, além de necessitarem realizar testes audiológicos mais complexos (BERA ou PEATE – potencial evocado auditivo de tronco encefálico), precisam ser monitorados até os 3 anos de idade, pelo menos.
Acompanhamento do Desenvolvimento da Audição e Linguagem do Bebê
Quando devemos nos preocupar com o desenvolvimento da Linguagem e Audição de nossos filhos ou pacientes? A Organização Mundial de Saúde, em 2006, estabeleceu alguns critérios baseado na idade (lembrar que para prematuros, a idade deve ser corrigida):
Recém-Nascido – acorda com sons fortes
0-3 meses – acalma com alguns sons e músicas para ninar.
3-4 meses – presta atenção nos sons e começa a emitir alguns sons
6-8 meses – localiza a origem do som, se o chamam da direita ou da esquerda, por exemplo e começa a balbuciar sons (ex: dada…)
12 meses – entende ordens simples (aqui! dá tchau! cadê papai?…), balbucia cada vez mais frequente e algumas vezes já faz sentido o balbucio, formando as primeiras palavras
18 meses – fala no mínimo seis palavras
2 anos – produz frases com duas palavras (quero agua, dá bola…)
3 anos – produz sentenças
Em caso de atraso em algum desses marcos, consulte seu Otorrino para maiores esclarecimentos.