Surdez ao Nascimento

felippe felix otorrino rio de janeiro e niteroi

por: Felippe Felix

Surdez ao Nascimento
Surdez ao Nascimento

A perda auditiva é a anomalia ao nascimento (congênita) mais comum! 2 a 4 crianças em cada 1000 que nascem vão apresentar algum grau de Surdez ao Nascimento. É muito mais comum que alterações encontradas no Teste do Pezinho por exemplo.

A importância da detecção precoce da Surdez ao Nascimento e sua  correção garantem o caminho para o desenvolvimento auditivo e de linguagem adequados para essa criança.

Assim desde 2010 a lei Federal 12.303 garante  a realização do Teste da Orelhinha.

Todos devem passar pelo teste, mas existe um grupo especifico que merece maior atenção e vai realizar exames mais complexos e monitoramento, são esses:

  • História familiar de surdez na infância;
  • UTI neonatal por mais de 5 dias;
  • Aumento de Bilirrubina (icterícia) com necessidade de exsanguineotransfusão;
  • Uso de antibióticos aminoglicosideos;
  • asfixia ou hipóxia no parto;
  • uso de oxigenoterapia extracorpórea (ECMO);
  • Infecções ainda no útero: Citomegalovirus, HIV, Toxoplasmose, Rubeola, Sifilis, Herpes ou ZIKA)
  • Malformações no crânio ou face;
  • Microcefalia ou Hidrocefalia; 
  • Anormalidades no Osso temporal (o osso do ouvido);
  • Síndromes Genéticas que apresentam surdez;

Além disso, existem problemas que vão aparecer nos primeiros meses de vida e que deve também ser acompanhado de perto:

-Meningite ou Encefalite

-Traumatismo Craniano

-Uso de Quimioterapia

-Suspeita pela Família!! Atraso ou Regressão no Desenvolvimento da Linguagem!

Esses grupos, além de necessitarem realizar testes audiológicos mais complexos (BERA ou PEATE – potencial evocado auditivo de tronco encefálico), precisam ser monitorados até os 3 anos de idade, pelo menos.

Acompanhamento do Desenvolvimento da Audição e Linguagem do Bebê

Surdez ao Nascimento

Quando devemos nos preocupar com o desenvolvimento da Linguagem e Audição de nossos filhos ou pacientes? A Organização Mundial de Saúde, em 2006, estabeleceu alguns critérios baseado na idade (lembrar que para prematuros, a idade deve ser corrigida):

Recém-Nascido – acorda com sons fortes

0-3 meses – acalma com alguns sons e músicas para ninar.

3-4 meses – presta atenção nos sons e começa a emitir alguns sons

6-8 meses – localiza a origem do som, se o chamam da direita ou da esquerda, por exemplo e começa a balbuciar sons (ex: dada…)

12 meses – entende ordens simples (aqui! dá tchau! cadê papai?…), balbucia cada vez mais frequente e algumas vezes já faz sentido o balbucio, formando as primeiras palavras

18 meses – fala no mínimo seis palavras

2 anos – produz frases com duas palavras (quero agua, dá bola…)

3 anos – produz sentenças 

Em caso de atraso em algum desses marcos, consulte seu Otorrino para maiores esclarecimentos.

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