Ouvido com mau cheiro e secreção? Pode ser Colesteatoma

felippe felix otorrino rio de janeiro e niteroi

por: Felippe Felix

Você já sentiu a saída de uma secreção do seu ouvido, por vezes com pus? Essa secreção tem um cheiro muito ruim? Você tem infecções e inflamações de ouvido com muita frequência e não sabe mais o que fazer? Pode ser que você tenha Colesteatoma, algo muito importante de se tratar o quanto antes.

O que é colesteatoma?

O colesteatoma é uma condição médica que envolve o crescimento anormal de tecido igual a pele na orelha média ou na mastoide (em ambos só temos mucosa), que é uma parte do osso temporal localizada atrás da orelha. Esse crescimento de pele anormal pode resultar na formação de uma estrutura semelhante a um cisto ou saco, que pode aumentar de tamanho ao longo do tempo. Confira, no vídeo a seguir, uma visão geral sobre o colesteatoma.

Quais as causas da colesteatoma?

O colesteatoma pode ser causado por uma combinação de fatores, e as causas podem variar dependendo do tipo de colesteatoma. Existem dois principais tipos: o congênito e o adquirido.

Colesteatoma Congênito: O colesteatoma congênito se desenvolve antes do nascimento e é raro. Suas causas não são completamente compreendidas, mas acredita-se que possa estar relacionado a malformações durante o desenvolvimento fetal.

Colesteatoma Adquirido: O colesteatoma adquirido é mais comum e geralmente ocorre devido a uma combinação de fatores, incluindo:

  • Infecções Recorrentes: Infecções crônicas no ouvido médio, como otite média crônica, podem danificar o tímpano, permitindo que células da pele migrem para o ouvido médio e se acumulem, formando o colesteatoma.
  • Perfuração do Tímpano: Lesões ou perfurações no tímpano podem criar uma rota para a entrada de células de pele no ouvido médio, contribuindo para o desenvolvimento do colesteatoma.
  • Lesões Traumáticas: Traumas na orelha ou na área circundante podem aumentar o risco de desenvolvimento de colesteatoma.
  • Migração de Células de Pele: Células da pele que normalmente revestem o canal auditivo externo podem ser deslocadas para o ouvido médio devido a fatores como infecções ou lesões.
  • Mastoidite: A inflamação crônica da mastoide (parte do osso temporal atrás do ouvido) pode criar condições favoráveis para o desenvolvimento de colesteatoma.
  • Outras Condições: Algumas condições médicas, como a síndrome de Down, estão associadas a um maior risco de desenvolvimento de colesteatoma.

Quais os sintomas da colesteatoma?

Os sintomas do colesteatoma podem variar dependendo do tamanho, localização e gravidade do crescimento anormal de tecido. Alguns dos sintomas comuns do colesteatoma incluem:

Secreção e mau cheiro: Uma secreção com odor bastante desagradável proveniente do ouvido pode ocorrer devido à infecção associada ao colesteatoma e é o sintoma mais comum da doença. Essa drenagem pode ser amarelada, esverdeada ou com aspecto semelhante a pus.

Perda Auditiva: A perda de audição é um sintoma comum do colesteatoma, especialmente quando o tecido afetado começa a danificar as estruturas auditivas, como os ossos da audição no ouvido médio.

Dor no Ouvido: Algumas pessoas com colesteatoma podem sentir dor no ouvido afetado, especialmente se houver infecções associadas, mas não é tão comum..

Sensação de Pressão ou Plenitude: A presença do colesteatoma pode causar uma sensação de pressão, plenitude ou bloqueio no ouvido afetado.

Tontura ou Vertigem: Em casos mais graves, o colesteatoma pode afetar o equilíbrio e causar tonturas ou vertigem.

Zumbido: Alguns pacientes podem experimentar zumbido (ruído percebido no ouvido) associado ao colesteatoma.

Sensação de Coceira no Ouvido: Algumas pessoas relatam uma sensação de coceira dentro do ouvido afetado.

Infecções Recorrentes: O colesteatoma pode levar a infecções recorrentes no ouvido, com outros sintomas associados.

Quais os riscos do colesteatoma?

A presença de um colesteatoma na orelha média pode ser problemática, pois ele pode crescer e apresentar uma série de riscos e complicações se não for diagnosticado e tratado adequadamente. Essas complicações podem variar de leves a graves e podem afetar várias partes do ouvido e até mesmo outras estruturas próximas. Alguns dos principais riscos e complicações associados ao colesteatoma incluem:

Erosão Óssea: O crescimento do colesteatoma pode causar erosão do osso circundante, incluindo o osso temporal e a mastoide.

Perda de Audição Permanente: Os danos causados aos ossículos auditivos resultam em perda de audição condutiva que, em alguns casos, pode se tornar permanente.

Complicações Cranianas: Em casos mais graves, o colesteatoma pode se estender para áreas próximas, como a base do crânio, o que pode levar a complicações mais sérias, como infecções intracranianas, meningite e abscessos cerebrais.

Paralisia Facial: Em casos raros, o colesteatoma pode afetar o nervo facial, resultando em paralisia facial.

É importante destacar que o tratamento adequado e precoce do colesteatoma é essencial para prevenir essas complicações. Se você está enfrentando algum dos sintomas mencionados, como perda de audição e secreção com mau odor, é fundamental buscar avaliação médica com um otorrinolaringologista. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir danos auditivos permanentes e outras complicações graves.

Qual exame detecta colesteatoma?

O exame mais comum utilizado para detectar o colesteatoma é a otoscopia, realizada por um médico otorrinolaringologista que examina o canal auditivo e o tímpano usando um dispositivo chamado otoscópio. No entanto, em muitos casos, o colesteatoma pode não ser visível através da otoscopia, especialmente se estiver localizado profundamente no ouvido médio ou na mastoide.

Para confirmar o diagnóstico de colesteatoma e avaliar sua extensão, podem ser necessários exames adicionais, como audiometria, tomografia, ressonância magnética e timpanometria. A escolha dos exames depende da suspeita clínica do médico, do quadro clínico do paciente e das características específicas do caso.

Como é feita a cirurgia de colesteatoma?

A cirurgia para remover o colesteatoma é chamada de timpanoplastia ou cirurgia de mastoidectomia, dependendo da extensão do colesteatoma e das estruturas afetadas.

O procedimento é realizado por um cirurgião otorrinolaringologista, que irá remover o tecido anormal, limpar o ouvido médio e, se necessário, reconstruir o tímpano e os ossículos auditivos danificados.

O tipo exato de cirurgia e os procedimentos realizados podem variar dependendo da extensão do colesteatoma e das estruturas afetadas. 

O paciente é submetido a anestesia geral para que fique completamente sedado e não sinta dor durante o procedimento. O cirurgião faz uma incisão atrás ou dentro do ouvido para acessar o ouvido médio e a área afetada pelo colesteatoma.

O tecido do colesteatoma é cuidadosamente removido, assim como o tecido inflamado ou danificado ao redor. O objetivo é garantir a remoção completa do colesteatoma e limpar qualquer infecção presente.

Se o tímpano estiver danificado, o cirurgião pode optar por repará-lo, e, em alguns casos, pode ser necessário reconstruir ossículos auditivos danificados ou até mesmo substituí-los por próteses.

Se o colesteatoma se estendeu para a mastoide (parte do osso temporal atrás do ouvido), o cirurgião pode realizar uma mastoidectomia para remover o tecido afetado nessa região.

Após a remoção do colesteatoma, o ouvido médio é cuidadosamente lavado e limpo para garantir que não haja resíduos ou infecções remanescentes.

Depois de concluir a remoção do colesteatoma e quaisquer procedimentos de reconstrução necessários, o cirurgião fecha as incisões com suturas. Após a cirurgia, o ouvido pode ser coberto com um curativo e, em alguns casos, um tampão de algodão é inserido para proteger o local cirúrgico.

Saiba mais no artigo Mastoidectomias ou timpanomastoidectomias.

Quais os riscos da a cirurgia de colesteatoma?

Como em qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia de colesteatoma apresenta riscos e possíveis complicações. É possível, por exemplo, que o paciente apresente alguma infecção no local, ou que haja uma recorrência do colesteatoma após a cirurgia, entre outras complicações.

É importante discutir todos os detalhes e preocupações da cirurgia com o cirurgião antes do procedimento.

Quando é necessário fazer cirurgia de colesteatoma?

Se você apresentar algum dos sintomas associados ao colesteatoma, é fundamental buscar avaliação médica de um otorrinolaringologista. O diagnóstico do colesteatoma é essencial pois, mesmo que as complicações graves ainda não tenham ocorrido, a cirurgia deve ser realizada para prevenir danos futuros.

Otorrino Rio de Janeiro

A cirurgia é altamente recomendada quando houver o diagnóstico de colesteatoma.

Se você suspeita dessa condição, agende o quanto antes uma avaliação com o nosso Cirurgião Especialista – Dr. Felippe Felix.

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Exames auditivos: Otocenter Ipanema

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