Teste da Orelhinha deu negativo! E agora?

felippe felix otorrino rio de janeiro e niteroi

por: Felippe Felix

Teste da Orelhinha deu negativo! E agora?
Teste da Orelhinha deu negativo! E agora?

Desde 2010, a realização do Teste da Orelhinha é obrigatório em toda criança ainda na maternidade ou até o primeiro mês de vida. Ele é a porta de entrada para Triagem Auditiva Neonatal Universal, onde pretendemos identificar precocemente se há algum tipo de perda auditiva na criança e tentar corrigi-la precocemente.

O teste da Orelhinha é realizado, na grande maioria das vezes, ainda na maternidade antes da alta. Se a criança não tem fator de risco, ela realiza o teste com o exame de otoemissão acústicas. Caso haja algum fator de risco (UTI neonatal, prematuro, baixo peso, má formações…) o teste da Orelhinha deve ser realizado com o BERA ou PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico).

Caso haja falha no teste da Orelhinha, a criança deve ter seu exame repetido em até 15 dias, se a falha persistir deve ser encaminhado para uma avaliação otorrinolaringologica onde outros exames serão solicitados para tentar fechar a real audição da criança. Essa fase pode levar algum tempo, dependendo dos exames solicitados, o ideal que seja concluída até 3 meses de vida.

A idéia atual é que entre os 3 e 6 meses de vida já seja realizada algum  intervenção com essa criança para garantir que ela entre no mundo dos sons! A primeira intervenção geralmente é uma adaptação com aparelhos auditivos

Após um período de testes, sem benefícios, com aparelho auditivo que pode chegar até 6 meses e confirmando perda auditiva profunda bilateral para essa criança, podemos proceder com a realização do Implante Coclear. Assim, num mundo ideal entre 9 e 12 meses de vida, a cirurgia seria realizada.

E realmente, só num mundo ideal, pois em grande parte dos hospitais públicos, essa caminhada pode durar até 4 anos de idade, até chegar ao Implante Coclear, e com certeza os resultados não serão os mesmo, comparando  com a criança implantada próximo a 1 ano de idade.

De qualquer forma, a criança com fator de risco ou que não tenha passado inicialmente no teste da Orelhinha deve ser acompanhada até os 3 anos de idade, seja com exames, avaliação clínica e identificação dos marcos do desenvolvimento. A Organização Mundial de Saúde, em 2006, estabeleceu alguns critérios baseado na idade (lembrar que para prematuros, a idade deve ser corrigida):

Recém-Nascido – acorda com sons fortes

0-3 meses – acalma com alguns sons e músicas para ninar.

3-4 meses – presta atenção nos sons e começa a emitir alguns sons

6-8 meses – localiza a origem do som, se o chamam da direita ou da esquerda, por exemplo e começa a balbuciar sons (ex: dada…)

12 meses – entende ordens simples (aqui! dá tchau! cadê papai?…), balbucia cada vez mais frequente e algumas vezes já faz sentido o balbucio, formando as primeiras palavras

18 meses – fala no mínimo seis palavras

2 anos – produz frases com duas palavras (quero agua, dá bola…)

3 anos – produz sentenças 

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